Crise de ansiedade: Quando é necessária a internação


Crise de ansiedade: Quando é necessária a internação

Crise de Ansiedade

Muitas pessoas não sabem separar o que é crise de ansiedade e de pânico, mas, ambos podem ocorrer como fato isolado ou de forma crônica, levando o paciente até mesmo a uma internação.

Diante de momentos angustiantes que a população mundial passou devido à pandemia da Covid 19, além de suas preocupações do dia a dia, esses transtornos têm se tornado comuns e levado indivíduos a consultórios psiquiátricos e psicológicos.

O que é a crise de ansiedade?

Todo mundo sente ansiedade, por exemplo, quando vai fazer uma prova, começar um trabalho novo, fazer uma viagem… Ficamos ansiosos pelo que está por vir.

Essa reação é normal no ser humano. Entretanto, quando se tem essa sensação o dia todo, atrapalhando os afazeres, concentração, sono, entre outras situações, é um sinal de que algo não vai bem.

Contudo, existem diferenças entre uma crise de ansiedade e de pânico. Esta última aparece repentinamente e de maneira intensa, sem nada ter causado isso. É um medo inexplicável, com falta de ar, taquicardia e tremores, por exemplo.

Isso surge aleatoriamente e interfere muito no cotidiano da pessoa. Inclusive, ela passa a ter medo de passar por outras crises semelhantes.

Por outro lado, quem sofre de pânico já tem um histórico de crises de ansiedade devido a um descontrole emocional, trauma, estresse etc. — o que acarreta o comprometimento da saúde física e psicológica. A pessoa ainda sente seus medos e preocupações com uma proporção irreal, de forma que fica ameaçada diante deles.

Como ela acontece?

As causas de ambos os transtornos, tanto ansiedade como pânico, são diversas. São comuns quando associadas a outros problemas — transtorno obsessivo-compulsivo, ansiedade generalizada, estresses pós-traumáticos etc.

Outro gatilho é o encontro real ou não com a fobia, sintomas depressivos, transtorno bipolar e estresse. Sobretudo, este último, oriundo de problemas familiares ou no trabalho, insatisfação na vida, dificuldades financeiras e assim por diante.

Desse modo, para evitar essas situações, a pessoa se esquiva daquilo que provoca o medo. Nesses casos, ainda pode ter a predisposição a buscas alívio no álcool ou em outras substâncias. Também costuma apresentar doenças crônicas como diabetes, hipertensão e outras.

Ainda pode-se apontar os fatores ambientais, que interferem no comportamento do paciente, na sua maneira de ver a vida e sentir. Visto que ele procura por resultados imediatos, não tendo paciência de esperar os processos naturais de uma situação, acaba vivendo mais no futuro do que no presente.

Diante disso, os sintomas podem aparecer na forma física e/ou psicológica, devido ao aumento de adrenalina no sangue. Eles mudam de pessoa para pessoa, mas, os mais comuns são:

  • respiração ofegante e falta de ar;
  • taquicardia e dores no peito;
  • fala acelerada;
  • tremores pelo corpo;
  • agitação de pernas e braços;
  • tensão muscular;
  • tontura e sensação de desmaio;
  • enjoo e vômitos;
  • irritabilidade;
  • boca seca;
  • insônia;
  • falta de concentração;
  • nervosismo;
  • medo exagerado;
  • perda o controle ou que algo ruim vai acontecer;
  • descontrole dos pensamentos.

Qual é a diferença entre crise de ansiedade causada por estresse ou sobrecarga e ansiedade crônica?

Somente um médico especialista saberá diferenciar uma crise de ansiedade e de pânico. Todavia, o paciente ao longo de suas crises também aprende a saber quando é uma ou outra. Porém, isso causa um pouco de confusão, porque existe uma relação entre elas.

Você viu acima os principais sintomas da ansiedade, agora, veja os da síndrome do pânico:

  • taquicardia e palpitações;
  • suores, calafrios, tremores e formigamentos;
  • falta de ar;
  • náuseas e dores abdominais;
  • sensação de desmaio;
  • medo de perder o controle;
  • medo de morrer;
  • sensação de estar enfartando ou tendo um acidente vascular cerebral (AVC).

Mais uma diferença da crise de ansiedade é que o pânico ocorre a qualquer momento, sem precisar de um gatilho específico, e se repete constantemente. Já a primeira surge em momentos difíceis que a pessoa pode enfrentar.

Logo, em ambos, é necessário fazer um tratamento adequado para reduzir os sintomas e as frequências. Para isso, são indicadas diferentes ações para que o paciente recupere a sua segurança e autoestima.

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