Tratamento para o Alcoolismo

O paciente, devido a companhias, novos círculos de amizades, e a intensidade de emoções que a idade traz, pode ter contato com bebida. Por isso é importante que além de uma boa conversa, que a família saiba identificar o que é saudável e o que pode indicar sinais.

A bebida está presente em casa, em eventos  e são incentivadas na televisão e em publicidades. O risco de consumo é preocupante na fase da adolescência, visto que há uma maior dificuldade em controle e estipular limites, além de ser ilegal o consumo de bebidas por menores de 18 anos.

Esses riscos envolvem:

 - aumento na probabilidade de acidentes de carro ou moto

 - risco de desenvolver uma dependência

 - dificuldade no rendimento escolar

 - alterações no sono e na memoria.

A prevenção é a melhor forma de se evitar o contato do adolescente com o bebida, e a boa conversa é mais eficaz ainda. Quando falamos de adolescentes, é importante incentivar a pratica de atividades físicas, o interesse nos estudos e assim, desenvolver uma vida mais saudável.

Estatísticas sobre o o consumo de bebidas alcoólicas

A Organização Mundial de Saúde (OMS) e a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) apontam a importância de medidas de controle sobre os efeitos sociais e econômicos da dependência alcoólica.

No Brasil e no mundo, as estatísticas são extremamente preocupantes em relação à prevalência de consumo de bebidas alcoólicas entre adolescentes e jovens. Uma pesquisa divulgada pela Revista de Saúde Pública destacou que 75% dos entrevistados com idade entre 14 e 17 anos afirmaram já ter consumido álcool.

Em termos globais, alguns dados recentemente publicados pela OPAS alertam para uma realidade também preocupante. Observe:

• 2,3 bilhões de pessoas no mundo consomem álcool regularmente;
• 27% de todos os jovens entre 15 e 19 anos ingerem algum tipo de bebida alcoólica;
• o uso nocivo das bebidas alcoólicas contribui para mais de 5% da carga global de doenças e matou mais de 3 milhões de pessoas apenas em 2016;
• o consumo médio diário de álcool puro é cerca de 33 gramas, o equivalente a 300 ml de vinho, 750 ml de cerveja ou 80 ml de bebidas destiladas;
• entre meninos e meninas, pesquisas escolares mostram que o consumo de álcool começa antes dos 15 anos;
• em todo o planeta, 45% do total da produção de álcool é para fazer bebidas alcoólicas;
• no mundo, estima-se que 237 milhões de homens e 46 milhões de mulheres sejam vítimas de transtornos relacionados ao alcoolismo;
• dos óbitos atribuíveis ao álcool, 28% estão relacionados a acidentes de trânsito e violência interpessoal; 21% aos distúrbios digestivos e 19% a doenças do coração.

Mediante à simbologia que tais números representam em relação à dependência alcoólica, Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, declarou:

Muitas pessoas, suas famílias e comunidades sofrem as consequências do uso nocivo do álcool por meio de violência, lesões, problemas de saúde mental e doenças como câncer e acidente vascular cerebral. Por isso, é hora de intensificar as ações para evitar os impactos dessa grave ameaça ao desenvolvimento de sociedades saudáveis.

Tratamento

Se o dependencia for uma realidade presente na vida do adolescente, há vários tipos de tratamento que podem ser utilizados nessa fase. É importante que seja diagnosticado por um medico, e isso pode ser feito quando for constatado por pais ou pessoas próximas que o uso prolongado da bebida interfere nas atividades do dia a dia, comportamentos agressivos também são um sinal de alerta e as ações a serem tomadas vão variar de acordo com a gravidade de cada caso.

Ao chegar em um estágio de desintoxicação, o ideal é procurar uma clinica especializada ou um hospital psiquiátrico. Nessa etapa o adolescente ficará afastado da bebida a fim de que seu corpo se desintoxique de todo álcool ingerido.

Após a desintoxicação é recomendado terapia e também utilização de remédios que vão controlar a dependência pela bebida.

A psicoterapia é importante em todo esse processo, para avaliar bem profundamente quais foram os motivos que levaram o adolescente a se envolver com o consumo excessivo de bebida. Com a identificação desses motivos, é possível que o terapeuta trabalhe bem a forma de controle, desenvolvendo os mecanismos necessários para trabalhar a auto estima do paciente. O trabalho com a família também é fundamental nesse processo pois ela é muito afetada por toda essa situação. 

Hoje existem bastante formas de se combater a dependencia na adolescência, pois essa fase é bem desafiadora e requer força principalmente dos familiares que tem essa situação dentro de casa. Para o paciente, a primeira e também desafiadora atitude a tomar é reconhecer que tem o problema, o que é meio difícil nessa idade visto a pouca experiência de vida que eles têm, mas reconhecendo o problema já é dado o primeiro passo para a cura ou controle da situação. Para a família é necessário muita compreensão, força e paciência, para lidar com episódios difíceis e também tomar a decisão de procurar ajuda adequada.