Veja alguns casos extremos que necessitam de internação psiquiátrica


Veja alguns casos extremos que necessitam de internação psiquiátrica

Em momentos delicados da saúde psicológica, a melhor opção é a internação psiquiátrica. Por isso, preparamos este texto com o objetivo de esclarecer o que é esse tratamento, como ele funciona e em que casos é mais recomendado.

Como existem dúvidas comuns tanto a pacientes como a familiares, vamos explicar porque a internação é um tratamento seguro e responsável, e que promove respeito, dignidade e bem-estar a todos os envolvidos no processo.

Nos próximos tópicos, você vai ter a oportunidade de conhecer também 6 casos de internação psiquiátrica e saber outras informações relevantes sobre esse tipo de tratamento. Confira!

O que é internação psiquiátrica?

A internação psiquiátrica é uma forma de tratar pacientes que apresentam algum tipo de transtorno mental e/ou dependência química com a finalidade de tirá-los da crise em que se encontram e no momento em que podem colocar a sua vida em risco ou a de outras pessoas. Quando o médico percebe que essa é a melhor opção para o paciente se tratar, ele a recomendará.

Nesse tipo de tratamento, o paciente psiquiátrico é internado no hospital, onde recebe atendimento 24 horas por dia, todos os dias da semana em que ele poderá ter acesso a uma grade terapêutica  e receber cuidados como: alimentação, medicação, terapia ocupacional, terapias com psiquiatras e psicólogos, inclusive, em alguns hospitais, com intervenção assistida por cães. Enfim, uma variedade de tipos de cuidados para que ele melhore com ajuda especializada necessária. Nesse ambiente, a equipe está preparada para intercorrências com o paciente, como surtos e/ou crises de abstinência.

A equipe médica, em conjunto com a família e o próprio paciente, define a necessidade de internação psiquiátrica. Em alguns casos, porém, como o paciente não tem condições de se autoavaliar, é necessária a internação compulsória ou involuntária.

Como funciona a internação psiquiátrica?

Como dissemos, a primeira atitude que deve ser tomada em prol da internação psiquiátrica é a do médico. Ao observar a situação do paciente, ele vai indicar se esse é o tratamento ideal. Atualmente, a internação pode até ocorrer de forma compulsória ou involuntária, mas somente em casos bem específicos.

Na maior parte das vezes, a internação psiquiátrica é voluntária e isso ajuda bastante no tratamento. Quando o paciente percebe que precisa de ajuda especializada, o tratamento é muito mais eficaz e os resultados positivos ficam bem mais evidentes.

Por isso, a ajuda da família e dos amigos é essencial nesse momento, para ajudar o paciente a decidir, por conta própria, se quer se internar para poder se recuperar de uma doença ou transtorno. Ele necessita de conversa, diálogo e cuidado por parte de quem é próximo para perceber que há necessidade de internação. Sem o auxílio de amigos e familiares, é mais difícil que uma pessoa se trate da forma correta e viva com dignidade.

Normalmente, ao optar pelo tratamento, a pessoa é encaminhada a um hospital especializado e lá tem acesso a todos os tipos de cuidados indicados pelos médicos da instituição.

Qual o tempo de internação?

Essa é uma das principais dúvidas de familiares e de pessoas que encontram na internação uma possibilidade real de melhorar a própria qualidade de vida. Porém, não há uma resposta específica — cada caso é um caso e quem vai definir o tempo de internação é o próprio médico e a equipe que vai cuidar do paciente.

No caso de dependência de drogas, por exemplo, o paciente precisa passar por várias etapas definidas até conseguir ser reinserido na sociedade novamente. Isso varia de pessoa para pessoa. Não existe, portanto, um tempo determinado para os casos de internação psiquiátrica.

Normalmente, quando o médico faz o diagnóstico do transtorno e depois o prognóstico, ele vai definir o tratamento por intervenção psiquiátrica. Assim, já é possível ter uma ideia de quanto tempo esse tratamento vai durar. Mas só durante a internação e com a evolução do paciente será possível ter certeza.

Quando a internação psiquiátrica é a melhor opção?

A internação psiquiátrica é uma forma importante e responsável de tratamento. A decisão é muito detalhada e depende de diversos fatores determinados pelo próprio paciente, pela sua família e pelo médico. A indicação mais recomendada ocorre quando é necessário tirar o paciente do surto ou da ideação suicida ou quando ele pode colocar outras pessoas em risco.

O que o paciente e a família precisam saber é que o médico que vai participar dessa definição de tratamento é um profissional responsável, que só quer fornecer aos envolvidos a melhor forma de tratar aquela pessoa para que ela tenha uma vida feliz após a internação.

No próximo tópico, você vai ter exemplos de casos de internação psiquiátrica de forma mais específica e entender quando esse tratamento é mais recomendado.

6 casos extremos que necessitam de internação psiquiátrica

Além de dependência química, existem alguns transtornos e problemas psiquiátricos que podem ser tratados por meio da internação. Confira abaixo quais são!

1. Pânico

síndrome do pânico é um transtorno relacionado à ansiedade e pode ser desenvolvida em qualquer pessoa que tenha algum tipo de crise e não faça o tratamento da forma correta. Normalmente, o pânico é tratado por meio do uso de medicamentos e de terapias em consultas com psicólogos e psiquiatras, mas pode chegar a níveis extremos.

Quando o pânico se torna um problema na vida do paciente — ele não consegue mais conviver em sociedade, tem medo de sair de casa e seu bem-estar está próximo a zero —, a internação psiquiátrica pode ser uma boa opção para que ele tenha de volta uma vida saudável e sem crises de pânico.

Esses casos mais extremos ocorrem, principalmente, em pacientes que não seguem o tratamento corretamente e as crises evoluem com o passar do tempo. Porém, podem acontecer casos em que, mesmo com o tratamento convencional, o paciente piore de situação e a internação seja necessária.

2. Psicose

A psicose é um problema psiquiátrico grave, porque a pessoa perde a noção de realidade e passa a ter alucinações que a fazem praticar atos que podem prejudicar a si mesma e a outras pessoas ao redor.

Existem diversos tipos diferentes de psicose, mas ela é mais conhecida pela sua relação com a esquizofrenia, já que pode ser desenvolvida quando o paciente tem essa doença.

A psicose também é tratável com medicamentos e por terapia, porém, é necessário que o paciente siga o tratamento à risca para não desenvolver os sintomas nem oferecer risco para ele próprio e para a sociedade. Por isso, pessoas psicóticas necessitam ter auxílio em casa sempre, para tomar o remédio no horário certo e jamais faltar às sessões com os psicólogos.

Por conta dessa exigência de tratamento que tenha pessoas mais próximas e que façam com que ele funcione, muitas vezes o psicótico não recebe os cuidados da forma correta e isso traz riscos. Quando chega a essa situação, o melhor é internar o paciente por um tempo, para que os ataques psicóticos sejam estabilizados e ele consiga voltar a viver em sociedade de forma saudável.

3. Depressão maior

Depressão é um nome popular dado para o Transtorno Depressivo Maior, um problema psiquiátrico grave e que atinge cada vez mais pessoas em todo o mundo. Os sintomas da depressão são variados: oscilações de humor, irritabilidade, estresse elevado, sensação de angústia, problemas cognitivos e até físicos que inibem o paciente de ter uma vida feliz.

Existem diversos níveis e fases de depressão e cada uma delas é tratada de forma diferente. Normalmente, basta o uso de medicamentos e a terapia, além de atividades de lazer que gerem prazer e hábitos de vida saudáveis, como alimentação e prática regular de exercícios físicos, para que o paciente consiga ter uma vida feliz.

Porém, em casos mais graves, em que a pessoa para de viver, de comer, não consegue se relacionar em sociedade, fica agressiva, a internação psiquiátrica pode ser uma solução.

4. Crise de ansiedade extrema

Muitas pessoas confundem a crise de ansiedade com a de pânico, mas são bem diferentes. O pânico está relacionado ao medo, especificamente, que é um dos sintomas da crise de ansiedade. O paciente com pânico tem medo de coisas ou de situações específicas e isso pode fazer com que ele pratique ações perigosas a ele mesmo e a outras pessoas.

A crise de ansiedade tem o pânico como um dos seus sintomas, mas existem outros vários quando ela chega a um nível agudo, extremo, crítico. A pessoa tem tremores, cansaço fora do comum, asfixia, taquicardia, tontura, diarreia, calafrios, dificuldade de engolir, perda total de apetite, entre outros diversos sintomas.

Nesses casos mais extremos em que o tratamento com remédios e apoio psicológico não funciona mais e o paciente pode até sofrer um ataque cardíaco, respiratório ou não conseguir comer ou beber água, o melhor a se fazer é começar a internação, para que ele seja tratado da forma correta e tenha uma vida feliz após esse tratamento.

5. Transtornos alimentares

Nos tempos atuais, têm sido cada vez mais comum pessoas, principalmente mulheres, desenvolverem transtornos alimentares por conta da busca pelo chamado corpo perfeito. A bulimia e a anorexia — que são doenças diferentes — surgem quando a pessoa não se sente aceita na sociedade e passa a perseguir um suposto ideal de beleza caracterizado pela magreza extrema.

Esse é um problema grave que atinge, principalmente, adolescentes e jovens que buscam ter um corpo próximo ao que eles acham perfeito e fazem de tudo para chegar a esse nível.

Antes de esses transtornos alimentares chegarem a um nível mais grave, com casos de desidratação e desnutrição, é preciso que pais, familiares e amigos percebam o problema e levem o paciente para fazer o tratamento devido. Em boa parte das vezes, esse paciente se recusa a fazer o tratamento, porque acha que ainda está gordo e precisa emagrecer mais. Esse é um caso importante em que a internação involuntária pode ser uma opção.

Quando a pessoa não quer fazer tratamento e possui sintomas graves, como tontura, desmaios, olheiras, magreza extrema, é hora de pedir uma internação para recuperar a saúde física e também psiquiátrica desse paciente.

Os transtornos alimentares são graves, porque, normalmente, terminam em desnutrição, desidratação e, não raro, em morte. Quanto antes iniciar o tratamento, melhores as chances do paciente.

6. Suicídio

A situação mais grave de todas e que exige internação psiquiátrica de forma voluntária ou involuntária é a tentativa de suicídio. Pacientes que já tentaram ou que passam por situações que o induzem a esse ato devem buscar ajuda especializada, com internação, que vai mudar a realidade da vida deles.

Esse é o caso mais necessário do uso da internação psiquiátrica como forma de tratamento. E todos os transtornos citados anteriormente nesta lista podem causar o desejo, no paciente, de se suicidar. O suicídio é um sintoma de depressão, ansiedade, pânico, psicoses e transtornos alimentares.

Por isso, a internação psiquiátrica é tão importante. Ela evita que o paciente chegue a esse nível de estresse e faz com que ele recupere a vida feliz, tranquila, em um tratamento seguro e responsável.

Quais são os tipos de internação?

Existem três tipos básicos de internação: voluntária, involuntária e compulsória.

1. Internação voluntária

Atualmente, as sociedades de psiquiatria e psicologia indicam que a internação voluntária é a essencial para a maior parte dos casos.

A internação psiquiátrica voluntária ocorre quando o próprio paciente decide e concorda que precisa desse tipo de tratamento para poder melhorar a qualidade de vida e o convívio com a sociedade.

2. Internação involuntária

A involuntária ocorre quando o paciente está completamente impossibilitado de tomar decisões por conta do transtorno e do problema psiquiátrico que tem. Com isso, os médicos e a família decidem por ele e tomam essa decisão.

A internação involuntária e a compulsória só são realizadas em casos extremos, como tentativa de suicídio, psicoses e graves consequências dos transtornos alimentares.

3. Internação compulsória

A internação compulsória é bem diferente da involuntária. Nela, quem decide se o paciente vai ser ou não internado é a própria Justiça, por conta de perigos que essa pessoa pode trazer para a sociedade. É muito difícil isso ocorrer hoje em dia. A internação compulsória, praticamente, não existe mais.

O paciente pode ser visitado?

Uma grande dúvida que paira na cabeça do próprio paciente é se ele pode receber visitas de pais, amigos e demais familiares durante o período de internação psiquiátrica. A resposta é positiva. Não só pode como deve receber essas visitas, porque elas auxiliam na recuperação do paciente.

Em alguns casos, ele precisa de um tempo para ficar 100% internado, sem contato com outras pessoas. Porém, quando isso for necessário, o paciente será avisado pelo médico e receberá toda a explicação antes de aceitar ou não fazer o tratamento por meio da internação psiquiátrica.

Depois do período de adaptação à internação e de início do tratamento, as visitas são essenciais para que o paciente saia mais rápido do hospital e volte para o seio da família e para o convívio em sociedade.

Outra questão importante é que a própria família precisa fazer parte do tratamento. Isso porque, por ter passado pelo problema junto ao paciente, os entes mais próximos também tiveram o seu psicológico afetado. Assim, é feito um tratamento auxiliar com essas pessoas para que elas fiquem preparadas para poder conversar, visitar e receber o paciente de volta em casa.

O apoio da família e dos amigos é parte essencial do tratamento. Sem isso, é muito difícil que o paciente melhore em pouco tempo. É papel do hospital, dos médicos e de todos os que estão envolvidos no tratamento ajudar o paciente a ter a vida dele de volta, com a família unida e os amigos sempre por perto.

A quem recorrer nesses casos?

Quando o paciente está em situação em que há necessidade de internação psiquiátrica, o melhor a se fazer é buscar um hospital especializado nessa área. Somente nesse tipo de instituição essa pessoa vai receber o tratamento ideal para o transtorno ou distúrbio psiquiátrico que apresenta.

Além disso, o próprio hospital, em conjunto com os médicos e a equipe responsável, vai passar para o paciente todas as informações necessárias do tratamento. Ou seja, não fique preocupado sobre a forma como você será tratado. Tudo isso vai ser devidamente explicado, assim que decidir buscar ajuda profissional e for definido que essa ajuda é por meio da internação psiquiátrica.

Não tente conseguir tratamentos por conta própria. Procure um hospital geral, mesmo que ele não atenda especificamente questões relacionadas à psiquiatria. Lá, o paciente será encaminhado a cuidados psiquiátricos próprios. Ou, então, vá direto ao hospital especializado que lá você terá todo o atendimento necessário.

A saúde psiquiátrica é muito importante e deve ser levada a sério para que o paciente tenha uma melhora real e consiga voltar a viver com alegria e junto das pessoas que ama.

A internação psiquiátrica é uma forma muito específica de tratamento e, em casos que necessitam desse tipo de terapia, o paciente se recupera e pode voltar a conviver saudavelmente em sociedade, com a família, amigos e demais pessoas.

O Instituto Aron é especializado em saúde mental infantojuvenil e adulto e pode ajudar de diversas maneiras a tratar transtornos psiquiátricos, além da dependência química.

A psiquiatria trabalha com duas vertentes diferentes: o tratamento de transtornos e distúrbios psiquiátricos e também a dependência química. O Hospital Santa Mônica é especializado no tratamento de ambas as situações.

A internação, como você pôde perceber, é uma boa opção, pois ela pode, realmente, mudar e transformar a sua vida. Apesar de ser usada em situações bem específicas, ela é uma ótima solução para resolver os distúrbios, transtornos, acabar com os surtos, evitar a ideia de suicídio, entre outras possibilidades.

O paciente psiquiátrico precisa de cuidados especiais, de ser tratado bem, de um auxílio que vai além dos medicamentos e do tratamento em si. O Hospital Santa Mônica preza por um atendimento familiar, para que o paciente se sinta o mais confortável possível, com apoio da própria família, dos amigos, para que ele saia dessa situação de saúde para uma vida feliz, completa, ao lado das pessoas que ele mais ama.

Trate a sua situação emocional e psicológica da forma mais responsável possível. Transtornos e distúrbios psicológicos não funcionam como uma simples dor de cabeça, mas são tratáveis e também curáveis, ainda mais quando o paciente busca ajuda o quanto antes.

Os transtornos psiquiátricos podem começar leves, mas atingir, em pouco tempo, situações bem graves. Para evitar isso, é só fazer o tratamento correto, em um hospital de relevância e com médicos de alta qualidade. É bom relembrar que existem diversos tipos de tratamentos, a internação psiquiátrica é apenas um deles e que pode ser a melhor solução para resolver o seu problema.

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